Ressonância de Plásmon de Superfície
A Ressonância de Plásmon de Superfície (SPR, na sigla em inglês) é uma técnica óptica muito usada para estudar interações biomoleculares. Ela se baseia em uma propriedade de plasmons de superfície, que são ondas eletromagnéticas que se propagam na interface entre dois meios, como a superfície de um metal e um líquido.
Como funciona a Ressonância de Plásmon de Superfície?
A SPR funciona medindo a variação do índice de refração na superfície de um metal, que é alterado pela adsorção de moléculas. Quando uma onda eletromagnética é iluminada em um ângulo específico, a energia é transferida para os elétrons de superfície do metal, gerando plasmons de superfície. A ressonância ocorre quando a frequência da luz e a frequência dos plasmons são iguais, resultando em uma diminuição na intensidade da luz refletida. A mudança na intensidade da luz refletida é medida e usada para quantificar a adsorção de moléculas.
Aplicações da Ressonância de Plásmon de Superfície
A SPR é amplamente utilizada em estudos de interações biomoleculares, como a ligação de antígenos e anticorpos, a detecção de doenças infecciosas e a análise de proteínas e DNA. Além disso, a técnica também é usada em estudos de superfícies de materiais, como a caracterização de filmes finos.
Exemplo de utilização da Ressonância de Plásmon de Superfície
Um exemplo de uso da SPR é a detecção de biomoléculas no sangue, como o diagnóstico de HIV. Nesse caso, uma superfície de metal é funcionalizada com anticorpos específicos de HIV. Quando uma amostra de sangue é adicionada à superfície, os anticorpos reconhecem e ligam-se aos antígenos do HIV na amostra. Isso leva a uma mudança no índice de refração na superfície, que é detectado pela SPR. A sensibilidade e especificidade da SPR tornam esta técnica uma ferramenta importante para a detecção e diagnóstico de doenças infecciosas.