O que é a interpretação de muitos mundos?
A interpretação de muitos mundos é uma teoria da física que foi proposta pela primeira vez em 1957 pelo físico americano Hugh Everett III. De acordo com essa teoria, o universo não é apenas um único objeto, mas sim um conjunto de muitos objetos diferentes que existe simultaneamente em diferentes universos paralelos. Esses universos são separados uns dos outros e não interagem entre si.
A interpretação de muitos mundos é uma das várias teorias que tentam explicar o comportamento peculiar da matéria no nível quântico, como o fato de que as partículas podem estar em diferentes estados ao mesmo tempo e a noção de que a medição de uma propriedade de uma partícula pode afetar a propriedade de outra partícula distante. Essa teoria é considerada uma das mais controversas na física quântica, mas tem ganhado cada vez mais adeptos nos últimos anos.
Como funciona a interpretação de muitos mundos?
De acordo com a interpretação de muitos mundos, sempre que um evento quântico ocorre, o universo se divide em vários caminhos possíveis, cada um representando uma possibilidade diferente para o evento em questão. Por exemplo, se uma partícula quântica pode estar em dois estados diferentes, o universo se dividirá em dois, um representando cada estado possível. Cada um desses universos é igualmente real, mas eles não podem interagir entre si.
A interpretação de muitos mundos postula a existência de um número infinito de universos paralelos, cada um contendo uma versão diferente do universo que conhecemos. Essa teoria é frequentemente ilustrada pela ideia de um gato de Schrödinger, que pode estar vivo ou morto ao mesmo tempo, dependendo da interpretação que se dá aos dados quânticos envolvidos.
Exemplo da interpretação de muitos mundos
Um exemplo comum usado para ilustrar a interpretação de muitos mundos é o experimento da fenda dupla. Nesse experimento, partículas são disparadas em direção a uma tela com duas fendas. Quando isso acontece, as partículas se comportam de maneira estranha, formando um padrão de interferência que só pode ser explicado pela ideia de que elas estão passando por ambas as fendas ao mesmo tempo.
De acordo com a interpretação de muitos mundos, cada partícula que passa pelas fendas se divide em dois universos diferentes, um onde ela passou pela fenda esquerda e outro onde ela passou pela fenda direita. Cada um desses universos continua se dividindo em novos universos, criando assim uma infinidade de universos paralelos que representam todas as possibilidades do experimento.
Críticas à interpretação de muitos mundos
Embora a interpretação de muitos mundos seja uma das teorias mais populares em física quântica, ela também é alvo de muitas críticas. Muitos físicos argumentam que essa teoria não é cientificamente comprovável, já que não há forma de testar diretamente a existência de universos paralelos.
Além disso, a interpretação de muitos mundos levanta muitas questões filosóficas e ontológicas, como a ideia de que existem infinitos universos paralelos, cada um com uma versão diferente da realidade. Essa ideia pode ser confusa e difícil de aceitar para muitas pessoas. No entanto, apesar das críticas, a interpretação de muitos mundos continua sendo uma das teorias mais intrigantes e fascinantes da física quântica.