O que é o Grupo de Renormalização?
O Grupo de Renormalização é uma técnica matemática usada na física para estudar a relação entre as grandezas físicas em diferentes escalas. Ele foi desenvolvido na década de 1940 por Lev Landau e Evgeny Lifshitz e foi aprimorado por Murray Gell-Mann e Francis Low na década de 1950.
O Grupo de Renormalização é utilizado em diferentes áreas da física, como física de partículas, teoria quântica de campos e mecânica estatística. Ele é fundamental para entender as propriedades de sistemas físicos em escalas muito pequenas, como as partículas subatômicas, e em escalas muito grandes, como as estrelas e galáxias.
Como funciona a Renormalização?
A Renormalização é uma técnica usada para lidar com divergências matemáticas que surgem quando se tenta calcular grandezas físicas em escalas muito pequenas. Essas divergências surgem porque as equações que descrevem o comportamento dos sistemas físicos em escalas muito pequenas não são compatíveis com as equações que descrevem o comportamento em escalas maiores.
A Renormalização corrige essas divergências, permitindo que as grandezas físicas sejam calculadas de forma consistente em diferentes escalas. Ela é realizada através do uso do Grupo de Renormalização, que fornece uma maneira de relacionar as grandezas físicas em diferentes escalas e de calcular como elas mudam quando a escala é alterada.
Exemplo de aplicação do Grupo de Renormalização
Um exemplo de aplicação do Grupo de Renormalização é a teoria quântica de campos, que descreve como partículas interagem em escalas muito pequenas. Nessa teoria, as interações entre partículas são descritas por meio de diagramas de Feynman, que representam as diferentes maneiras pelas quais as partículas podem se mover e interagir.
Ao calcular as amplitudes desses diagramas, surgem divergências matemáticas que precisam ser corrigidas com a Renormalização. O Grupo de Renormalização é usado para relacionar as grandezas físicas em diferentes escalas e para calcular como elas mudam quando a escala é alterada.
Limitações e críticas ao Grupo de Renormalização
Uma crítica ao Grupo de Renormalização é que ele é baseado em uma aproximação perturbativa, que funciona bem apenas em sistemas que têm interações fracas. Em sistemas com interações fortes, como os núcleos atômicos, a técnica pode não funcionar corretamente.
Além disso, a Renormalização não fornece uma explicação para a origem das interações físicas entre as partículas. Ela apenas descreve como as interações mudam em diferentes escalas e como as divergências matemáticas podem ser corrigidas. Por isso, outras técnicas, como a teoria de grupos quânticos e a teoria das cordas, são necessárias para entender a origem e a natureza das interações físicas.